Brazilian Hackerspaces as Spaces of Resistance and Free Education - BR
- Artigo: Activism in Brazil: hacker spaces as spaces of resistance and free education. Raquel Renno.
URL = http://www.medienimpulse.at/articles/view/648
Resumo
"Hackerspaces e medialabs em lugares culturais tradicionais e não comuns parecem ser a alternativa para a brecha educacional e digital entre rico e pobre no Brasil. Raquel Renno analisa esta brecha e reconstrói o potencial subversivo de espaços heterotópicos. Muitas práticas cultural emergentes assistidas ou constituidas pela mídia digital foram promovidas no Brasil pelo Projeto Pontos de Cultura, inicialmente proposto pelo ex Ministro da Cultura Brasileira do Presdente Lula da Silva, Gilberto Gil. Com Dilma Rouseff, Pontos de Cultura foi considerado de menor importância, mas o mesmo não pode ser dito do grupo de ativistas que estão trabalhando ao redor do país disseminando e construindo conhecimento da cultura digital. Grupos que foram organizados horizontalmente e compostos em amplo sentido por jovens, desenvolveram recuperação de lixo eletrônico (e-waste) e programação de computadores (principalmente baseado em software livre) em workshops permanentes ou efêmeros e hackerspaces que foram constrituidos em espaços únicos como escritórios em shoppings, salas de aula, vilas indígenas, lugares de reverência de Umbanda (Casas de adoração Afro-brasileiras) e casas nas favelas. Algumas iniciativas em diferentes cidades do Brasil (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife) foram analisadas neste artigo. Os exemplos selecionados mostram diferentes maneiras de compartilhar conhecimento que atualizam a democratização da proposta educacional baseada na comunicação horizontal e experiência conjunta. Nestes espaços, a estrutura espacial hierárquica da sala de aula típica foram substituídos pelo espaço compartilhado do workshop; a imagem do professor foi substituída pela imagem do colega com quem nós podemos aprender e ensinar ao mesmo tempo; não existem grupo homogêneos de idade, gênero ou classe social; atividades não são conduzidas de acordo com o conteúdo ou habilidade ao invés disso eles são baseados nos projetos e objetivos definidos pelo estudante. Ao mesmo tempo, um espaço é criado no qual a cultura tradicional e digital não estão em posições opostas, mas ao invés disto, elas se complementam. O uso de software livre e recuperação de lixo tecnológico questiona a relação entre o acesso à tecnologia e o consumo poderoso, o ciclo de obsolência e a contínua geração de lixo com a perspectiva fundamental. Novas maneiras de conhecimento são geradas das conexões entre diferentes indivíduos e experiências sem esquecer a natureza política inerente da produção de conhecimento." (http://www.medienimpulse.at/articles/view/648)